domingo, 13 de novembro de 2016

SAOS

APNÉIA DO SONO ( SAHOS ) : CAUSAS, SINTOMAS, TRATAMENTO

O QUE É APNÉIA DO SONO;

A Apnéia do Sono ou SAHOS (Síndrome da Apnéia/ Hipopnéia do Sono) é caracterizada pela ocorrência de episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono. A conseqüência destas obstruções é a redução (hipopnéia) ou interrupção completa (apnéia) do fluxo de ar apesar da manutenção do esforço inspiratório.
Figura 1: Imagem demonstrando a obstrução à livre passagem do ar (azul) que ocorre na apnéia do sono.
Passagem de ar na apnéia do sono

CAUSAS

A SAHOS é uma doença multifatorial. Ela pode ser causada pela interação de fatores anatômicos individuais (tamanho das vias aéreas) com outros fatores como hipotonia da musculatura do palato durante o sono.

SINTOMAS:

O paciente com ronco ou apnéia do sono pode não perceber o problema. Muitos pacientes são conduzidos ao especialista pelo cônjuge ou por pessoas que convivem com ele e percebem o problema.
Alguns sinais e sintomas comuns são:
  • Ronco: respiração ruidosa ou barulhenta durante o sono
  • Sono não reparador ou seja, o paciente já acorda com a sensação de cansaço ou de que não dormiu suficientemente bem despertar noturno freqüente
  • Paradas momentâneas da respiração durante o sono presenciadas pelo cônjuge ou outros familiares
  • Distúrbios cognitivos como: dificuldade de memória, concentração e atenção
  • Irritabilidade
  • Fadiga
  • Nictúria ou seja, o paciente desperta várias vezes durante a noite para urinar sem que haja um problema de ordem urológica
  • Cefaléia matinal, estes pacientes muitas vezes já acordam com dor de cabeça
  • Sonolência Diurna Excessiva: é um sintoma muito importante e freqüente em pacientes com SAHOS.

CONSEQÜÊNCIAS DA SAHOS NÃO TRATADA

Já está bem documentado na literatura médica que a apnéia do sono pode causar vários problemas à saúde.
Entre os problemas mais bem documentados estão os listados abaixo:
  • Maior risco de acidentes de trânsito e de trabalho : Vários estudos demonstram que o número de acidentes de trânsito em pacientes com SAHOS é 2 à 3 vezes superior em relação à população normal.
  • Acidentes ocorrem com maior freqüência nestes pacientes porque eles tendem a apresentar maior tendência para "cochilos" involuntários durante o dia.
  • Hipertensão Arterial Sistêmica: A SAHOS é um fator de risco independente para o desenvolvimento de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ou seja, pacientes com SAHOS podem desenvolver HAS mesmo que não tenham outros fatores de risco.
  • Arritmias cardíacas: Arritmias cardíacas que ocorrem exclusivamente durante o sono são comuns nos pacientes com SAHOS. Alterações como bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, extrassístoles ventriculares isoladas e bigeminadas também foram descritas.
  • Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC) : Alguns estudos apontam para risco aumentados destas doenças em portadores de SAHOS
  • Distúrbios Cognitivos: Portadores de SAHOS podem apresentar prejuízo nas funções cognitivas como dificuldade de memória, dificuldade de concentração e déficit de Atenção.
As alterações acima podem ser reversíveis ou melhorar com o tratamento da SAHOS.

DIAGNÓSTICO: A IMPORTÂNCIA DA POLISSONOGRAFIA

O padrão-ouro para o diagnóstico da SAHOS é o exame de polissonografia.
A polissonografia vai fornecer informações fundamentais para o diagnóstico correto do problema como:
  • Confirmar ou não a hipótese clínica de SAHOS
  • Indicar a existência ou não de outros problemas associados ( por exemplo, presença de apnéia central ou outros distúrbios)
  • Avaliar o índice de apnéia e hipopnéia (quantidade de ocorrências por hora)
  • Avaliar a dessaturação da oxi-hemoglobima (o quanto o oxigênio reduz no sangue durante as apnéias
  • Avaliar a presença e frequencia dos microdespertares (quantas vezes o paciente acorda durante a noite, muitas vezes sem perceber)
  • Avaliar as porcentagens dps estágios do sono
  • Avaliar o eletrocardiograma durante o sono
  • Avaliar o ronco (frequencia e intensidade)
  • Avaliar a posição corporal onde os episodios são mais frequentes







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